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Com o fim do ano a aproximar-se, muitos contribuintes pensam no IRS apenas como algo para tratar mais tarde. No entanto, novembro é o momento ideal para rever a sua taxa de retenção na fonte, e isso pode fazer toda a diferença no reembolso (ou pagamento) que terá em 2026.

O que é a retenção na fonte?

A retenção na fonte é o adiantamento mensal de IRS feito automaticamente pelo seu empregador ou entidade pagadora. Este valor é calculado com base em tabelas oficiais, tendo em conta o seu salário, estado civil e número de dependentes.

Estas tabelas são definidas pela Autoridade Tributária, mas o trabalhador pode solicitar à entidade empregadora que aplique a taxa imediatamente superior à que lhe seria atribuída.

Porquê ajustar agora?

Ao longo do ano, podem ocorrer mudanças que alteram o equilíbrio entre o imposto retido e o imposto efetivamente devido, como:

• Aumento de rendimentos;
• Alterações na situação familiar;
• Rendimentos adicionais sujeitos a englobamento (ex: rendas, capitais, mais-valias).

Nestas situações, o contribuinte pode preferir aumentar a taxa de retenção, para evitar um pagamento adicional no momento da entrega da declaração anual ou para garantir um reembolso mais significativo em 2026.

Como ajustar a retenção?

O trabalhador por conta de outrem ou pensionista deve apresentar uma declaração escrita à entidade pagadora, solicitando que seja aplicada a taxa imediatamente superior à prevista para o seu caso. Esta opção está prevista no Código do IRS.

Importante: ao escolher uma taxa superior, apenas a taxa marginal aumenta – a parcela a abater e a parcela por dependentes mantêm-se inalteradas, ou seja, continuam a ser aplicadas as que correspondiam à taxa original.

Resumindo, ajustar a taxa de retenção do IRS é um direito e uma estratégia útil de planeamento financeiro. Se ainda não o fez, novembro é uma excelente altura para rever essa decisão e garantir um fim de ano fiscal mais tranquilo.

Se tiver dúvidas, fale connosco – podemos ajudar a analisar o seu caso!